Meu Nome é Vermelho
Meu nome é Vermelho alia narrativa policial, uma história de amor proibida e reflexões sobre as culturas do Ocidente e do Oriente. A trama se passa em Istambul, no fim do século XVI. Para comemorar o primeiro milênio da Hégira (a fuga de Maomé para Meca), o sultão encomenda um livro que representasse a riqueza do Império Otomano, que naquele momento vivia seu apogeu. Para provar a superioridade do mundo islâmico, porém, as imagens deveriam ser feitas com as novíssimas técnicas de perspectiva da Itália renascentista. As intenções secretas do sultão logo dão margem a especulações, desencadeando uma onda de intrigas que culmina no assassinato de um dos artistas que trabalhava nas iluminuras do livro. Ao mesmo tempo, desenrola-se o caso de amor entre o Negro, artesão que voltara a Istambul após doze anos de ausência, e a bela Shekure. Construída por dezenove narradores -entre eles um cachorro, um cadáver e o pigmento cuja cor dá nome ao livro -, a história surpreende pela exuberância estilística, que reflete o encontro de duas culturas.
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