Prezados Canalhas

Esta peça começou a ser escrita em princípios de l988, depois de uma greve no Rio de Janeiro, onde os grevistas pretendiam aumentar seus ganhos e os empresários engrandecer seu negócio. Ambos os lados, contudo, alardeavam puro altruísmo, gritando à Imprensa que seus interesses se resumiam na melhoria do bem-estar social e no progresso da nação. Foi para denunciar esse tipo tão comum de hipocrisia que a peça nasceu.
Não me recordo como esse texto foi parar nas mãos de Gracindo Júnior que, com talento e entusiasmo excepcionais, levou-o aos palcos do Rio de Janeiro, Brasília, Minas e São Paulo (l993/4). Gracindo, inclusive, rebatizou o trabalho, que tinha um nome longo e meio complicado (O Evangelho de Tomás e a Versão de Tadeu) e foi substituído por Meus Prezados Canalhas.
Posteriormente a peça foi de novo encenada (com outro nome, O Seqüestro), sob a direção de Sebastião Lemos, na Casa de Cultura da Universidade Estácio de Sá, onde, agora, está sendo mais uma vez apresentada ao público, sob a mesma direção e com nova e sutil alteração no título (Prezados Canalhas). Em todas as versões, os diretores excluíram os personagens seguintes: patrício romano, o nobre, o mendigo e o revoltoso (páginas 27 a 32).
Agradeço muito aos diretores, atores e companheiros que trabalharam nas três versões até aqui apresentadas e, muito especialmente, agradeço ao público que me honrou com sua presença.
João Uchôa Cavalcanti Netto.



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