Entre Orfeu e Xangô

"Envolvente" é, no mínimo, um dos adjetivos que ocorrem a quem se dispõe a ler Entre Orfeu e Xangô, de José Jorge Siqueira. É um juízo que se pauta pelo máximo, em especial quando se tem em conta a aridez das teses acadêmicas. Mais: envolvente e original. O autor desenvolve a hipótese de que o período entre 1944 e 1968 no Brasil foi palco de "intenso movimento de idéias, debates e ações no sentido de repensar-se antigas tradições de estudos, formas de representação e ideologias sociais, relativas ao lugar ocupado pelos preconceitos e discriminações que se abateram sobre o contingente negro/mulato da população brasileira, configuradores da então chamada democracia racial." Para José Jorge, é dessa movimentação cultural complexa que emerge, em níveis diversos (tanto políticos quanto artísticos e acadêmicos), um novo tipo de consciência sobre os impasses étnicos do país, ensejando críticas sérias à mitologia da democracia racial. Trabalhando criticamente, ao mesmo tempo, a produção de conhecimento específico nas esferas teóricas e no campo da luta social, ele expõe o arcabouço do pensamento coletivo em que se corporifica a nova consciência. Muniz Sodré
Editora: Pallas
ISBN: 8534703930
Ano: 2006
Edição: 1
Número de páginas: 254
Acabamento: 
Brochura
Formato: Médio
Complemento da Edição: Nenhum


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