De Cinderela a Superexecutiva

A sabedoria dos contos de fadas, cuja simbologia já foi base de análises psicanalíticas sobre o comportamento humano, pode ser aproveitada na atualidade e usada para reescrever a história pessoal de mulheres que procuram ascender profissionalmente. Partindo dos ensinamentos desses contos clássicos, Cary J. Broussard, uma bem-sucedida executiva na área de marketing, propõe a transposição das histórias com protagonistas femininos para o mundo corporativo em De Cinderela a superexecutiva. Como os contos de fadas podem revolucionar sua carreira, em que mostra como Branca de Neve e a Gata Borralheira, entre outras personagens, fizeram muito mais do que apenas esperar mudar de vida através do encontro com o príncipe encantado. Cary J. Broussard observa que as lendas do folclore europeu, recontadas pelo francês Charles Perrault a partir de 1697 para entreter a aristocracia, ou as que foram recolhidas pelos irmãos Wilhem e Johannes Grimm em meados do século XIX, não traziam heroínas tão passivas como as que hoje conhecemos, popularizadas por desenhos animados no cinema. Cinderela, mais do que uma vítima das circunstâncias, era uma jovem trabalhadora que comprou sua alforria da escravidão do serviço doméstico, conquistando a independência financeira da forma como era possível em sua época através de um bom enlace matrimonial. Quem livra o menino João do jugo de uma bruxa má é sua irmã Maria, com ardis que enganam a feiticeira. Branca de Neve trabalha duro na casa dos sete anões, que lhe dão proteção.
O livro traz dados históricos sobre os contos de fadas, que se mantiveram vivos durante séculos devido aos relatos de mulheres. Cary J. Broussard reescreve algumas dessas histórias, como a que mostra uma jovem executiva de uma empresa que, ajudada por uma colega mais velha, consegue uma roupa apropriada para fazer sua apresentação em uma reunião da diretoria da empresa onde trabalha. A fadas-madrinha de Cinderela pode ser vista como uma metáfora para a necessidade de mentores dentro do mundo corporativo. Já a moça que dança sem parar em Os sapatinhos vermelhos, de Andersen, é a workaholic, que esquece da família e da vida social, correndo o risco de morrer de tanto trabalhar. Quando a heroína é definitivamente passiva, como é o caso de Aurora, a Bela Adormecida, Cary J. Broussard observa outros aspectos da lenda. Aurora é enfeitiçada porque os pais não quiseram chamar uma feiticeira alguém diferente do meio ao que estavam habituados.

Editora: Rocco
ISBN: 9788532522917
Ano: 2008
Edição: 1
Número de páginas: 260
Acabamento: 
Brochura
Formato: Médio
Complemento da Edição: Nenhum


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