11/09
Desgraça. Foi exatamente isso que ocorreu no dia 11 de setembro de 2001 em Nova York. Depois da destruição, homens e mulheres começaram mover-se, a buscar e a buscar-se, a pedir e dar notícias, e chorar e secar as lágrimas do vizinho de banco, de rua, de oração. Fala-se que a primeira reação diante do brutalmente inesperado, diante da morte e das coisas inelutáveis é cair ajoelhados. É nos joelhos, ponto de apoio do nosso corpo tão frágil, que nos atinge a lança do deus que fere à distância. Assim é o que vemos, nas fotos que se seguem, da artista brasileira Chris Day. Posta por uma dessas coincidências que nunca o são, em NY, servidora da arte da imagem fixa, uma câmara na mão, ela conseguiu documentar não exatamente a destruição, o pânico, a poeira do que havia sido os corpos, planos de vida, de construção e de crescimento; não o ruído inenarrável, a surpresa que nunca será vencida, o imprevisto a marcar vidas e memórias. Documentou, isso sim, estados de alma, momentos de
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