Ser e Fazer: Enquadres Diferenciados na Clínica Winnicottiana

O estilo clínico Ser e Fazer teve sua origem no fato de se ter podido levar a sério o pensamento de D. W. Winnicott, segundo o qual todo psicanalista se defronta, em sua clínica, com duas possibilidades: fazer psicanálise de acordo com o dispositivo criado por Freud para atendimento individual de pacientes neuróticos ou ser um psicanalista fazendo outra coisa, mais apropriada à situação. Assim, no contexto do Instituto de Psicologia da Universidade de São Paulo, foi sendo pouco a pouco gestado um projeto de pesquisa sobre o potencial psicoterapêutico de enquadres clínicos diferenciados, considerados como forma apropriada de ser psicanalista nas condições concretas de vida do Brasil contemporâneo, as quais geram sofrimento emocional importante diante do qual o atendimento psicanalítico padrão é impraticável. Esses enquadres permitem a extensão da psicanálise para contextos institucionais diversos, evitando a exclusão de vários segmentos da população de benefícios passíveis de serem obtidos pelo uso rigoroso do método psicanalítico. Em funcionamento desde 1997, Ser e Fazer: Oficinas Psicoterapêuticas de Criação, do Instituto de Psicologia da Universidade de São Paulo, congrega pesquisadores e estudiosos que desenvolvem mestrados e doutorados em arteterapia winnicottiana, em psicopatologia psicanalítica e no estudo de práticas psicanalíticas em instituições, numa interlocução ativa com o pensamento de José Bleger e D. W. Winnicott. Este volume enfeixa uma série de artigos que têm sido úteis na orientação dessas pesquisas e servem como introdução didática ao que hoje já se encontra configurado como um estilo clínico claramente delineado.


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