Maurice Blanchot
"Meditemos no último escritor, com quem desapareceria, sem conhecimento de ninguém, o pequeno mistério da escrita. Para dar um pouco de fantástico à situação, imaginemos que esse Rimbaud, ainda mais mítico que o verdadeiro, decide calar em si essa palavra que morre com ele. Finalmente, suponhamos que no mundo e no círculo das civilizações se sentiria de algum modo esse fim sem apelo. Que resultaria daí? Aparentemente um grande silêncio. É o que se diz delicadamente quando morre um escritor: uma voz que se calou, um pensamento que se extinguiu.
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