Desenvolvimento, Subsistência e Trabalho Informal no Brasil
A discussão sobre o desenvolvimento, a informalidade e o modelo neoliberal, focalizada nesta obra, subentende uma premissa e aponta para um horizonte de reflexão muito mais amplos do que pode revelar uma leitura puramente textual. É que, num sentido mais profundo, se oculta o sujeito a quem se deve dirigir todo desenvolvimento e que, por sua natureza humana, possui um direito inalienável de usufruri dos benefícios produzidos pela riqueza.Aliás, não é sem razão que o relatório da ONU de 1993 recomenda que sejam as pessoas, e todas as pessoas, e não apenas uma eilite, o sujeito de toda a produção tecnológica e econômica. Há, portanto, a necessidade urgente de uma reorientação dos projetos econômico s e dos famosos mercados para que sirvam às pessoas, e não as pessoas, aos mercados e ao capital. O documento acima citado faz ainda uma advertência muito grave, afirmando, com base da nos fatos, que o crescimento econômico não cria necessariamente mais empregos nem produz uma maior justiça social ou uma distribuição mais eqüitativa da renda para todos os membros de uma deteminada comunidade .Estão aí, portanto, um desafio, e, ao mesmo tempo, um alerta que a leitura desta obra levanta, sobretudo para aqueles que ocupam postos de decisão de maior ou menor alcance, individual e social, em qualquer campo da atividade humana.
Notícias