Iracema

"el fotocopiar “o exemplar raríssimo da primeira edição” do romance, que enriquece sua famosa biblioteca. Comece a ler. Aos poucos, mas rapidamente, você sente estar na presença de um gigante da nossa literatura. Quase escarnecido durante anos e anos, José de Alencar levanta-se hoje com todo o vigor do seu talento narrativo e a coragem de seus temas – estes, considerados, injustamente, como acontece com/ “samba exaltação”, atitude de provinciano nativismo.
Ele é grande – e quem primeiro reconheceu isso e garantiu-lhe o selo de qualidade, foi nada mais, nada menos que Machado de Assis. Ele saudou a chegada do romance, atacou seus detratores e assegurou ser Iracema “romance que o futuro chamará de obra-prima”.
O livro traz, ao final, notas do autor, traduzindo os termos indígenas empregados por ele. Ira é mel, e ceme, lábios. Manejo da língua dos índios com honestidade e talento. Iracema é, também, libelo contra o sistema educacional dos últimos 40 anos. Quem escreve esta resenha, sua mulher, cunhados, amigos da mesma época, que estudamos em primário, ginásio, colegial, nos idos de 30-40 e 50, todos temos ainda na ponta da língua “a virgem dos lábios de mel; verdes mares bravios da minha terra natal; onde vai a afouta jangada; além, muito além daquela serra que ainda azula no horizonte;tinha os cabelos mais negros que a asa da graúna; nem a baunilha rescendia no bosque como seu hálito perfumado.
São imagens de um grande talento no burilar cada metáfora, é mais poema que narrativa.
Ficou-me na lembrança, durante 60 anos, até hoje, sua construção talvez mais incrível e bela: “ o aljôfar da água ainda a rorejar como à doce mangaba que corou em manhã de sol.” Leia Iracema, no original. O prazer, imenso, será todo seu, para sempre."


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