Júlio Sumiu
A primeira incursão de Beto Silva na ficção surpreende pela narrativa, vertiginosa e divertida, que nos conduz ao louco universo da família brasileira, do tráfico de drogas, da prostituição e dos arranjos e desarranjos que cada um dos personagens vai tecendo para salvar a própria pele. Beto revela talento para contar, também por escrito, uma história em que muita gente morre, para você morrer de rir. Dona Edna não pára de choramingar, afinal já são seis da manhã e seu filho Júlio não deu uma notícia. Quando um dia inteiro se passa e nada do rapaz aparecer, a família começa a admitir que algo pode realmente estar errado e se mobiliza para tentar descobrir o seu paradeiro. De uma hora para outra, toda a vizinhança já sabe do desaparecimento e os boatos sobre a vida pregressa de Júlio e de toda a sua família vão longe. O jovem teria sido seqüestrado, estaria foragido da polícia, envolvido com o tráfico de drogas, estaria servindo de escravo sexual para seres espaciais cruéis? Tudo era cogitado pela família, pelos vizinhos e pela polícia. E o detetive J. Rui, responsável pela investigação, acabaria muito mais envolvido no caso do que se poderia imaginar.
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