Chegada do Homem-Presente ou da Nova Condição do Tempo, A

Hoje, o homem experimenta uma nova condição temporal -a do homem presente. Um homem que teria decidido imolar o futuro em beneficio apenas do presente. Doravante, este presente quer bastar-se a si próprio para defrontar a incerteza do mundo em que entramos. Ao encarcerar-se voluntariamente num presente imediato, o Homem-Presente pretende abolir o tempo. Detentor de todas as utopias sociais, ele radicaliza a sua necessidade de sentido pela busca individual de um presente incessantemente reconduzido, o eterno presente. Sucessor do homem perspectivo, que nasceu da Renascença e atingiu a maturidade quando a idéia de perspectiva se associou a de História, desde então, vê-se sem ponto de vista. No entanto, porque permanece fundamentalmente um ser temporal, o Homem-Presente debate-se numa inextricável contradição -a força de negar o tempo, deixa de sofrer o seu escoamento. E por esta razão que em vez de pensar o tempo sob o lado da esperança, ele vive-o sobre o prisma exclusivo da urgência. De que forma compreender a oscilação cultural do homem perspectivo para o Homem-Presente?


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