Intérpretes do Brasil: Da Teoria de Dependência à Crítica ao Autorit.
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O programa traz a análise de três especialistas sobre o tema : "da teoria da dependência à crítica ao autoritarismo. Fernando Henrique Cardoso e a participação do intelectual". O professor Gildo Marçal Brandão parte do Fernando Henrique presidente, não o indivíduo, mas da política efetuada pelo bloco de forças que dirigiu o país com ele. Essa política, segundo ele, estava umbilicalmente ligada na obra do Fernando Henrique sociólogo, um dos principais autores da teoria da dependência. Segundo FHC, a teoria do imperialismo clássica tal como entendida aqui era que as nações imperialistas não teriam interesse no desenvolvimento da periferia (no caso, os países da América Latina). Colocava ainda que, a luta política interna de alguma maneira modulava a influência do capitalismo mundial. O professor Rubens coloca em discussão a questão da hegemonia no paradigma criado pela sociologia da USP nas décadas de 50/60 que pregava a ruptura com o passado- com a era Vargas. Como político FHC também traduz, ou materializa um intento reformador. Não é à toa que ao assumir ele diz: eu quero destruir a era Vargas. Essa matriz que estudamos e que Fernando Henrique é um representante digno, reconhece na briga contra esse paradigma, e depois no processo de democratização do Brasil, fenômenos novos, processos novos. Mas, segundo o professor Rubens, durante esse processo, não há a noção de povo mas de classes sociais em conflito. Já o professor Milton Lahuerta chama a atenção pro lugar do Fernando Henrique na história política e intelectual do Brasil. Ele coloca que durante todo o seu governo o que se assistiu foi uma desqualificação de toda e qualquer tentativa de fazer oposição, de questionar a lógica que vinha sendo impressa pelo governo nas suas ações. O que justificava essa postura aparentemente arrogante era o fato de que talvez pela primeira vez na história do país, nós tivéssemos um governo, ou seja, uma política, que ela era não só expressão da ruptura com toda tradição brasileira mas ela também era uma política que se diferenciava das outras porque ela era mais racional. De acordo com o professor Milton, quando FHC falava em dependência, a questão dizia respeito ao capitalismo como um todo, como uma questão estrutural. De acordo com sua análise, FHC acreditava que o mero fortalecimento da sociedade civil e do processo de democratização resolveriam os problemas do país.
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Informações Especiais: Palestrantes - Milton Lahuerta, Rubem Barbosa Filho e Gildo Marçal Brandão
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