Linguagem Liberada, A

Qual é o estatuto da invenção poética na modernidade? A linguagem liberada do peso coercitivo da tradição e da convenção entra num livre jogo com as heranças culturais mais heterogêneas, criando assim novas formas artísticas que apontam para visões inéditas do mundo e da condição humana. O livro ora apresentado, de Kathrin H. Rosenfield, rastreia estas aberturas em diferentes momentos da história da arte: na figura do amor cortês medieval, nos romances de Goethe, Musil e Guimarães Rosa, na obra lírica de Hölderlin, no teatro de Pirandello e na arte abstrata de Kandinsky. Marcadas pela “aventura” e pela “errança”, todas estas obras assignam seus autores num lugar insólito. Estes deixam de ser “autoridades” que dominam a sua obra para serem “trabalhadores” pelo próprio discurso como se este lhes viesse de outro lugar. Explorando esta inquietante estranheza, o “autor” se descobre “homem sem qualidade” — e portanto sem essência determinada —, sujeito freudiano que não é, mas que é-suspendido num jogo de possibilidades infinitas surgindo do intervalo entre um “passado”e um “devir”.
Editora: Perspectiva
ISBN: 8527300117
Ano: s.d.
Edição: 1
Número de páginas: 256
Acabamento: 
Brochura
Formato: Médio
Complemento: Nenhuma
Coleção: ESTUDOS
Complemento da Edição: Nenhum


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