Enciclopédia Brasileira, A

MARIO DE ANDRADE

Depois de alguma hesitação, no final de 1939, o ministro Capanema regulariza a situação funcional de Mário de Andrade, contratado como consultor técnico do Instituto nacional do Livro, com a tarefa imediata de elaborar o projeto da Enciclopédia Brasileira e do Dicionário da Língua Nacional. Aceita ser apenas "auxiliar dessas duas empreitadas quando começassem", para ficar a salvo de atritos e ciumeiras... Esse plano constituía um notável repositório de conhecimentos sobre técnica enciclopédica, tanto mais surpreendente quanto a especialidade não aparece antes nas preocupações do autor. Era o que de melhor se poderia conceber e formular no Brasil dos fins da década de 30. Parte importante, embora pouco conhecida, da atividade cultural de Mário de Andrade. Ele próprio não aceitou levar o plano à prática: pretendia apenas colaborar. No processo de execução, afinal entregue a pessoas incompetentes, e sob o peso das dificuldades burocráticas, o projeto naufragou ingloriamente.