Chiquinha Gonzaga: Sofri e Chorei: Tive Muito Amor
"(?) Chiquinha Gonzaga e Dalva Lazaroni, distanciadas no tempo, mas não no impulse, na loucura do fazer, do fazer, do fazer. Um impulso que torna tudo transbordante e demais, numa urgência sensual de sorver a vida como num ato de amor. É, aliás, um atributo das mulheres-chiquinhas esse desmedimento que faz a roda do mundo rodar e as coisas acontecerem, reconfigurando a vida não poucas vezes a preços rigorosos (...) Dalva Lazaroni é escritora, dramaturga, militante ambientalista, sobretudo professora e muito mais sao os titulos. Interessante é que consegue ser competente em todos eles, como se o seu tempo se estendesse para muito além das vinte e quatro horas convencionais e cada hora se multiplicasse mais que a sessenta minutos. Foram raras as pessoas que conheci com precisa medida do valor do tempo, dele extraindo todos os espaços para o seu fazer incessante e surpreendentemente prazeroso. Não se cansa? ´Não, não me canso´. E acha graça. E, no entanto, só ela sabe dos dragões que venceu nas difíceis provas que lhe foram reservadas. Mas Chiquinha é assim mesmo. Segue adiante, exige que abram alas a sua passagem e ainda anuncia que é da livra, da farra, da alegria, do bom da vida. Mulher mais louca!"
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