Entender para Crer
Quem pode dizer que nunca teve dúvidas na fé? O efeito das dúvidas é sempre uma moléstia. Existem até dúvidas que, em caso de fraqueza ou de depressão física, geram terrores e obsessões como, por exemplo, o terror de uma aniquilamento total e definitivo com a morte, em razão da perda da fé na vida eterna da alma. Esse terror deixa a pessoa afundada em um mar de idéias negras que alimentam a depressão. Durante séculos, a dúvida na fé foi considerada pecado grave. Hoje, o pecado é não fazer esforça na busca para livrar-se da dúvida. Depois de Santo Agostinho ter dito: "compreender para crer, crer para compreender", com uma ponte de tempo que abrange mais de quinze séculos, hoje temos a imensa ventura de ouvir João Paulo II, o sucessor do Apóstulo Pedro, proclamar: "A fé precisa da razão, como a razão precisa da fé". O que mudou neste limiar do terceiro milênio é que a história, a ciência, os relatos objetivos de fatos materiais, ocorridos em quaisquer lugares do planeta, formam "a razão" sobre a qual se pode construir uma fé, fruto do saber, completando ou substituindo a crença recebida quando se era criança.
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