Arte de Furtar

Arte de furtar (com o inusitado subtítulo de Espelho de enganos, teatro de verdades, mostrador de horas minguadas, gazua geral dos reinos de Portugal oferecida a El-Rei nosso senhor D. João IV para que a emende) é um tratado anônimo do século XVIII sobre o mais antigo e difundido dos vícios humanos. O roubo, ou o furto, é contemplado em suas inusitadas variações. Abordam-se os tipos de furto e os tipos de ladrão, além das variadas circunstâncias em que a má ação da. Entre os capítulos deste gracioso compendio encontramos. ´Como os maiores ladrões são os que tem por ofício livrar-nos outros ladrões´, ´Como tomando pouco se rouba mais do que mando muito´, ´Dos ladrões que, furtando muito, nada ficam a dever na sua opinião´ e ´Dos que furtam com unhas disfarçadas´. Aquela que e considerada a primeira edição da obra apareceu em Portugal, em 1744, datada, porém, de 1652. Devido ao humor, à ironia e, sobretudo, ao irretocável estilo do texto, durante muito tempo acreditou-se que Arte de furtar havia saído da pena do Padre Antonio Vieira. Mas, se controversa é a origem destas linhas, seu conteúdo continua tristemente atual. Que sirva de consolo ao leitor ser esta uma das pérolas da prosa barroca e um dos monumentos da literatura de língua portuguesa.

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