Véu de Ísis, O

Há um aforismo que freqüenta a fisosofia ocidental desde o início: o de Heráclito, que afirma que "a Natureza ama ocultar-se". Ao longo dos últimos vinte e cinco séculos, essas palavras sucessivamente significaram: que a Natureza se esconde em formas sensíveis e nos mitos; que ela esconde em si forças ocultas; mas também que o Ser está originalmente num estado de contração e denão-desdobramento; ou ainda que eke se desvela velando-se. Esse aforismo serviu para explicar as dificuldades da ciência da natureza, para justificar a exege alegórica dos textos bíblicos ou para defender o paganismo, para criticar a violência contra a natureza operada pela técnica e pela mecanização do mundo, enfim para explicar a angústia que provoca no homem moderno o seu ser-no-mundo. A mesma fórmula, ilustrada pela imagem do véu de Ísis e desvelada por Pierre Hadot na história do Ocidente, justificou tanto a atitude prometéica - o homem deve se tornar senhor e possuir da Natureza - como a atitude órfica - ninguém pode tirar o véu dos mistério da natureza, a não ser o poeta e o artista. Essa fórmula não deixará de traçar perspectivas novas sobre a realidade e de revelar as mais diferentes atitudes com relação à Natureza
Editora: Loyola
ISBN: 8515033909
Ano: 2006
Edição: 1
Número de páginas: 359
Acabamento: 
Brochura
Formato: Médio
Coleção: QUESTÕES FILOSÓFICAS
Complemento da Edição: Nenhum


Clique aqui para comprar este produto no Submarino.com.br Conheça outros produtos indicados pelo Planeta News