Decantando a República: a Cidade Não Mora Mais em Mim
A poesia de Renato Russo se encontrando com a música de Chico Buarque. A mudança da visão do malandro, dos sambas de Noel Rosa ao rap de MV Bill. A reflexão sobre a violência que há nas músicas do Rappa, e sobre a prudência e a tragédia na obra de Paulinho da Viola. Idéias como essas formam os três volumes de Decantando a República - inventário histórico e político da canção popular moderna brasileira, com organização de Berenice Cavalcante, Heloisa Maria Murgel Starling e José Eisenberg, uma co-edição das editoras Nova Fronteira e Fundação Perseu Abramo. Neste terceiro volume, "A cidade não mora mais em mim", emerge uma coleção de personagens sociais tipificados pela canção, todos equilibristas na tênue linha que separa o exercício da cidadania da exclusão social. A festa acabou mas ninguém quer ir embora. O malandro, a mulher, o negro, o marginal, o guri, o otário, o retirante, o índio, o louco, o camponês, o mendingo, o burguês, o drogado, o operário, a perua, o babaca continuam habitantes do Brasil.
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