Acção e Sentido em Teilhard de Chardin

Teilhard sentiu sobre si, como uma pesada cruz, todo o peso de um isolamento cósmico, toda a angústia e desespero dos que deram a volta ao cárcere sem encontrar onde sair. Por isso, obsessivamente, tagicamente, interroga, interpela e incógnita do futuro humano, que visto à distância, se apresenta fechado, tumulado num planeta moribundo: vimos os limites da humanidade, percebi o negro e o vazio à volta da Terra. Teilhard de Chardin assume neste passo a condição humana na plenitude, na finitude de sua assência. Na sua perspectiva, como diz e rediz em multíplos de seus escritos, a falência e a morte podem aparecer como acidentes estatiscamente inevitáveis à escala individual; mas á escala do todo revelam-se como inadimissível escânda-lo: O fim total não é da mesma ordem que os fins elementares. Omega nasce desta necessidade de dar inteligibilidade ao mundo, justificar o seu esforço e alargar os limites do fenômeno até às praias longínquas da revelação. Vértice soberano desta suprema síntese, Omega tem imensa grandiosidade e força atrativa capaz de manter a irreversibilidade universal. Irreversibilidade significa intérminos horizontes para adiante, convergência para uma estrela que cintila em profundos longes de luz. Omega é essa estrela, esse ponto-cósmico-divino, absolutamente requerido para dar consistência e inteligibilidade ao universo e justificar todo o seu ciclópico labor.


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