Armadilhas da Solidão
Através de vários narradores e, portanto, por caminhos diversos, esse romance de Elias José nos leva diretamente ao âmago do ser humano, onde mora, sobretudo a solidão. Presas em suas limitações e finitudes, as personagens constroem uma narrativa que prima por desvendar as contradições e incoerências do ser humano, o qual oscila entra duas necessidades: o desejar e o satisfazer o desejo. O compadre, o cronista, a protistuta a ex-virgem, o noivo traído, o padre, o profeta são predestinados à solidão, como os animais ao matadouro. E somente um fato insólito pode alterar essa trajetória. O que acontece com apenas uma dessas personagens. A trama, em crescendo, suscita a curiosidade do leitor, deixando-o ansioso por alcançar o final da narrativa.
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