Formação e Inovação no Ensino Superior
Se for verdade que o modelo de ensino superior, quer do ponto de vista administrativo e financeiro quer pedagógico e científico, está esgotado e só lhe resta ir caindo de podre, é urgente que a sua transformação/transmutação se faça rapidamente e de uma maneira inovadora. Esta à espera de quê? De mais discursos a platéias ilustres e órgãos da comunicação social, de pareceres de painéis de avaliação ou de comissões? Será que ainda não se chegou a um conjunto de idéias nucleares que possibilitem às diferentes instituições começarem a trabalhar a séria e estrategicamente na mesma direção, quer se trate da dimensão científica, investigativa, pedagógica, quer da sua gestão financeira e administrativa? Não é, certamente, com discursos a platéias ilustres e políticas de circunstância, que duram apenas enquanto a música toca, e as avaliações de painéis ou de comissões com as mais ilustres personalidades, a nova classe emergente, que se transformarão as instituições do ensino superior, mas com trabalho, muito trabalho e com mais envolvimento dos principais atores: docentes, discentes, responsáveis pela sua gestão e administração e demais pessoal administrativo e auxiliar na vida do seu dia-a-dia. Os professores e educadores deverão estar, sobretudo, ao serviço das escolas se quiser que a inovação aconteça de fato. É essa, pelo menos, a nossa convicção e constitui uma das idéias centrais que atravessa todo o livro Formação e Inovação no Ensino Superior. A nossos olhos, a mudança, a transformação, a transmutação exigem verdadeiras rupturas ao nível das atitudes, das concepções, dos métodos e das políticas. Por isso, a palavra de ordem que é preciso pronunciar e pôr em ação com força, rigor, coragem e determinação é a de uma verdadeira mudança que transforme e transmute as atitudes, as concepções e as práticas de uma maneira concreta e efetiva.
Notícias