Fagin: o Judeu

Cultuado por gerações de cartunistas e pioneiro dos quadrinhos adultos, Will Eisner foi um dos nomes mais importantes dos comics em todo o mundo. O gênero nunca mais foi o mesmo depois das grandes criações de Eisner, como o justiceiro Spirit e o romance ilustrado Um contrato com Deus, entre outros clássicos. Depois de adaptar grandes obras literárias como Moby Dick e Dom Quixote (ambos publicados pela Cia. Das Letras), Eisner enfrentou a empreitada de recontar Oliver Twist, de Charles Dickens, sob a perspectiva do "vilão", o judeu Fagin. Will Eisner combina crítica social e literária neste trabalho, que busca dar a Fagin a complexidade que Dickens teria negligenciado. Não se trata, portanto, de mera adaptação da obra do autor inglês: Fagin, o judeu é um acerto de contas com o anti-semitismo de Dickens numa obra polêmica e engajada. Em Oliver Twist, ele apresenta Fagin como um estereótipo do judeu mesquinho e avarento - o que, segundo Eisner, ajudou a cristalizar a imagem negativa dos judeus na cultura moderna. Fagin, o judeu é também um panorama das agruras e sucessos dos imigrantes judeus na Inglaterra do século XIX. Além de seu inigualável talento para narrar histórias em quadrinhos, Eisner expõe seu ponto de vista sobre a questão, no prefácio e no posfácio do livro, que ainda traz reproduções de charges de famosos ilustradores do século XIX, selecionadas pelo autor.


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