Pluralismo Teológico: a Igreja e as Culpas do Passado, O
O problema do pluralismo tem início no Concílio Vaticano II, que indagou o significado próprio das ecclesiae na Ecclesia . Isso se traduz diretamente em dois problemas práticos: a questão do sentido do cargo episcopal em face do cargo de Pedro e a questão da determinação eclesiástico-local da liturgia. Daqui advêm, no entanto, questões ulteriores: a da relação do presbitério e do bispo; a do lugar que ocupam os leigos na Igreja; finalmente, a questão da autonomia da teologia diante do magistério da Igreja, ou melhor, da esfera própria da doutrina perante a esfera da função pastoral. Finalmente, ainda uma questão de primeira ordem no Concílio conduziu em direção à problemática do pluralismo: a das Igrejas e comunidades cristãs separadas. O problema da relação entre Igreja local e Igreja universal passava aqui por uma modificação e por um aprofundamento decisivos: até que ponto a unidade eclesiástica deve estender-se, de modo que a confissão da "Igreja uma" não se transforme em frase vazia, e até onde há de chegar à diversidade, para que não se imponha jugo algum que constitua legalidade humana mas não seja expressão da unidade do Evangelho?
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