Jesuítas: 2. o Regresso, Os
Extinta em 1773 pelo papa Clemente XIV, sob pressão da Corte de Espanha, a Companhia de Jesus renasce em 1814 numa Europa agitada pela Revolução Francesa, a epopéia napoleônica, o triunfo das Luzes e a emergência da racionalidade científica. É justamente neste clima de restauração monárquica e católica que reaparecem estes "regressados" que ficam durante muito tempo à frente da contra-revolução. Jean Lacouture descreve assim e até aos nossos dias prodigiosa aventura coletiva começada em meados do século XVI, dando-nos a "multibiografia" dos "homens de negro", companheiros e herdeiros de Inácio de Loyola. Se a tonalidade desta segunda "época" é diferente - mais grave, menos épica, mais perturbada -, verificar-se-á, no entanto, que as personalidades em causa estão bastante à altura dos resplandecentes pioneiros das origens. Do padre De Smet evangelizando os índios da América a Pierre Teilhard de Chardin, Pedro Arrupe ou Michel de Certeau, os jesuítas continuam a encarnar essa vanguarda da Igreja, essa Companhia de elite cujas audácias marcam profundamente toda a história da nossa civilização. Jean Lacouture, com o seu talento de biógrafo e de historiador amplamente reconhecido, dá-nos uma obra-epopéia cujo êxito excepcional já foi também reconhecido por numerosos leitores e unanimemente pela crítica.
Edição para a língua portuguesa, exceto Brasil pela Editorial Estampa, Lisboa, 1992.
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