Ascânio MMM

Na década de 60, a ripa de madeira pintada de branco foi o elemento-base dos relevos de parede ou caixas interativas de Ascânio. Ele as repetia às dezenas, superpostas em linhas paralelas e depois retorcidas em forma de leque. O artista foi fiel a este elemento durante duas décadas, até que, nos anos 80, abandonou o jogo de luz e sombra do branco pelo movimento do veio da madeira crua: as ripas continuaram a reinar, porém despojadas do branco, a madeira in natura formava jogos pictórico com cedro, ipê, maçaranduba, freijó, pau-marfim, pau-brasil, canela. A série foi batizada Fitangulares.
Na virada dos anos 80/90, Ascânio entrou no ciclo das piramidais, ainda a partir da ripa seccionada, para chegar a formas quadradas, retangulares, triangulares. Antes criando formas sinuosas, a madeira e o perfil de alumínio, como elementos únicos, assumiram, nas piramidais, caráter totêmico e possibilidade infinita: quanto maior a base, mais ascendente é a pirâmide.





Editora: Andrea Jakobsson



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