Como superar o nervosismo ao falar em público
A oratória é a habilidade de falar em público. Não se trata de um dom inato e nem uma habilidade difícil de ser desenvolvida. A habilidade de falar com segurança diante de plateias pode ser desenvolvida com prática e um bom feedback.
Se você sente um nervosismo elevado toda vez que vai se apresentar em público, você não está sozinho. Isto é muito normal e, em geral, é fruto de uma cobrança exagerada de nossa parte. Nós acreditamos que seremos observados e julgados pelas pessoas da plateia. Só que isso não é verdade. O seu maior crítico é você mesmo. Isto é verdade! Nós somos os nossos mais injustos críticos e acabamos por acreditar que os outros também o sejam. Desta forma, o medo de sermos julgados pelos outros faz com que fiquemos ansiosos, com o coração acelerado, suando, com a musculatura contraída e vários outros sintomas.
Com o nervosismo, nosso cérebro não funciona da melhor forma possível. Para termos pensamentos claros e lembrarmos de tudo que precisamos dizer, é importante que nos mantenhamos calmos diante do desafio.
Para se resolver este dilema, o melhor a fazer é buscarmos o autoconhecimento, ou seja, termos a clara noção de como é nossa apresentação de fato. Isto pode ser alcançado através de uma simples gravação de nossa apresentação para conhecer nossa linguagem verbal e nossa linguagem corporal. O que precisamos fazer é nos acostumarmos com a nossa imagem, com a nossa voz e com a mensagem que transmitimos. Se precisarmos corrigir algum vício, podemos acessar a gravação e observarmos o que precisa ser melhorado.
Outra dica para reduzir o nervosismo diante da experiência de falar em público é não memorizar suas apresentações. É preciso ter a consciência que as ideias e as frases são construídas à medida em que vamos falando. Enquanto estávamos ensaiando ou pensando na apresentação, ou até escrevendo o discurso, algumas ideias vieram à mente. Mas, quando realizamos a apresentação para valer, outras ideias irão surgir no meio da apresentação e é preciso que estejamos muito à vontade para aceitar tudo isso.
Eu costumo orientar todos os meus alunos a não memorizar seus discursos e suas apresentações. Em vez disso, devem aplicar sua oratória de improviso, passando apenas pelos tópicos principais que foram anotados ou memorizados, mas discursando de forma improvisada, permitindo, assim, que as ideias sejam construídas enquanto fala.
Para reduzir o nervosismo, portanto, aceite-se como o orador que é, sabendo que toda apresentação que será realizada será uma nova apresentação e não um filme que se repete da mesma forma que foi criado, exatamente com os mesmos textos. Permita-se e o nervosismo irá reduzir consideravelmente.